domingo, 11 de abril de 2010

Resenhas 1, 2 e 3 Economia Solidária

RESENHA 1
ARTIGO: A APRENDIZAGEM COOPERATIVA NUMA PÓS-MODERNIDADE CRÍTICA
Nuno Bessa / Anne Marie Fontaine
Nuno Bessa (Instituto Politécnico de Bragança) e Anne Marie Fontaine (Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto).


Segundo os autores o artigo tem sua importância enquanto estratégia alternativa de ensino-aprendizagem, eles defendem o crescente interesse em torno desta forma de ensino associado à emergência de novos valores e abordam as condições e as formas de ensino dominantes em diferentes épocas (sociedades pré-modernas, moderna e na pós-modernidade).
A Pós-modernidade é a condição sócio-cultural e estética do capitalismo contemporâneo, também denominado pós-industrial ou financeiro.
Neste sentido, os autores fazem menção aos dois tipos de aprendizagem, a cooperativa (um indivíduo só poderá ser bem sucedido na realização de seus objetivos se os outros também forem e vice-versa), e a competitiva ou individualista (um indivíduo será bem sucedido à medida que frustra os objetivos dos outros). Os benefícios da aprendizagem cooperativa para os estudantes são muito favoráveis, quando reforçam o contexto coletivo e abraçam um processo democrático, reforçando a qualidade da vida em sociedade.
De acordo com Aronson e Patnoc (1997), estima-se que nos EUA cerca de vinte e cinco mil docentes utilizem alguma das formas de aprendizagem cooperativa em suas aulas. Isto mostra o grande interesse por esta modalidade de ensino, isto é, comparado às estruturas competitivas ou individualistas existentes. Gostaria de citar dois exemplos de atividades cooperativas:
O Programa Eureka com o objetivo de implementar um programa baseado na internet para aprendizagem cooperativa com a finalidade de promover educação e treinamento à distância usando a Internet. Sua arquitetura nasceu formatada para proporcionar a criação de comunidades virtuais para dar suporte a cursos e/ou treinamentos que tradicionalmente são presenciais. É um programa de Aprendizagem Cooperativa a Distância via Internet destinado a estabelecer comunidades virtuais de aprendizagem e trabalho.
O projeto Tele-Ambiente, financiado pelo CNPq e desenvolvido em parceria com o Laboratório de Pesquisa Multimeios da FACED/UFC e o Mestrado de Informática Aplicada-MIA da UNIFOR, objetivou a construção de ferramentas para ensino à distância para várias disciplinas. Essas ferramentas são aplicativos que proporcionaram um ambiente virtual onde aluno e professor podem compartilhar o software de trabalho durante a execução das atividades e também compartilhar a comunicação, ou seja, recursos de áudio (som) e vídeo (visualizar o interlocutor à distância), e trocar mensagens (chat e envio de atividades por e-mail).
A ESCOLA tem um papel fundamental dentro desta sociedade capitalista que vivemos, como Instituição de Ensino ela deve excluir este modelo de Uma fábrica: é um edifício industrial onde trabalhadores manufaturam bens ou supervisionam o funcionamento de máquinas que processam um produto, transformando-o em outro, reafirmando ainda mais àquela educação capitalista e proporcionar ao educando um modelo de educação MODERNA, onde o produto é o resultado de pesquisas e ou crescimento do grupo com um todo, proporcionando a promoção do desenvolvimento de competências sociais, de cooperação em torno de objetivos e recompensas comuns, de interdependência e reciprocidade, de capacidade de aprender a aprender e de redução de desigualdades, preparando-nos assim para uma EDUCAÇÃO PÓS-MODERNA DE QUALIDADE.

Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-modernidade e http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_de_aprendizagem_cooperativa em 10/04/2010.

RESENHA 2


PARECER: AS COOPERATIVAS DE TRABALHO E A PRECARIZAÇÃO
OBJETIVO: Justificativa para o artigo 7.º do anteprojeto de lei das Cooperativas de trabalho

SECRETÁRIO-ADJUNTO/SENAES/MTE: Fábio José Bechara Sanchez
SECRETÁRIO NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA: Paul Singer

Segundo os autores do Parecer há um esforço do Ministério do Trabalho e Emprego de propor uma regulamentação das cooperativas de trabalho com dupla motivação: reconhecê-las juridicamente e buscar regularizar às existentes no país. Pode-se dizer que para o crescimento das cooperativas e sua inserção no mundo do trabalho há a necessidade de uma regulamentação, principalmente relacionada ao processo de precarização e a busca dos direitos trabalhistas.
O artigo 7.º busca resolver este duplo problema, criando um mecanismo para combater a precarização e garantindo o direito do trabalhador associado, ele reconhece que os direitos do trabalhador assalariado são iguais (direitos humanos) aos do trabalhador associado a uma cooperativa, há porém várias argumentações que tentam provar o contrário, justificando a diferença e apoiando a tese de que o trabalhador da cooperativa, na verdade é autônomo e ocupa duas funções a de dono e a de sócio e o assalariado não. O referido artigo vê tal questão com um caráter universal, seguindo o caminho de que é uma questão de direitos do trabalho e que esses direitos são fundamentais a qualquer cidadão, seja associado ou não.
A Constituição Federal versa porém que não haverá intervenção do estado na cooperativa, os autores não têm este objetivo, mas sim o de trabalhar o desenvolvimento das cooperativas, não restringido-as ao mercado de trabalho.
A lei por si só é incapaz de impor o seu cumprimento, precisa haver por parte do trabalhador forte resistência contra qualquer violação de seus direitos, sem subordinar sua atividade aos desejos de quem lhe compra o serviço e isto é uma LUTA de cada trabalhador nesta sociedade capitalista, é preciso proteger este direito e buscar esta igualdade; cabe também às autoridades legais e ou ao poder público o acesso aos benefícios e direitos de cada cidadão.


RESENHA 3


A CONSTRUÇÃO DO “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL” SOB A ÉGIDE DO NEOLIBERALISMO: UM ESTUDO SOBRE A ECONOMIA POLÍTICA DA “CRISE AMBIENTAL”

Leandro Dias de Oliveira
Endereço Eletrônico: diasgeo@ig.com.br

Este texto apresenta sob a égide do Neoliberalismo Econômico inconsistentes maneiras de resolver o problema da Crise Ambiental de todo o país e apresenta o desenvolvimento sustentável como parte deste grande processo às necessidades e interesses rumo ao crescimento e transformação da sociedade.
Segundo o autor a concepção de Desenvolvimento Sustentável apresenta-se como caminho seguro e a redenção de inúmeros males da humanidade. Sua definição atende a satisfação das gerações presentes e futuras, tendo em vista a sociedade capitalista vigente, sociedade esta que está em crise ambiental devido à exploração inadequada dos recursos nela existentes. Esta Crise ambiental foi debatida em grandes conclaves internacionais, destacadamente em Estocolmo (1972) e Rio de Janeiro(1992).
Esta concepção de desenvolvimento sustentável se mostra enigmática e frágil, mas, vem adquirindo muitos entusiastas desde que os sete países mais poderosos economicamente do mundo fizeram um apelo no sentido da “adoção imediata” de medidas políticas rumo a esta sustentabilidade, mas esta busca só atingiu seu intento quando o debate de uma melhor utilização da natureza inseriu-se na ordem do neoliberalismo econômico.
Dessa forma, o desenvolvimento sustentável configurou-se como pensamento dominante da época e o Brasil tornara-se então o epicentro de toda a discussão para o Desenvolvimento Sustentável, devido sua estrutura, diversidade de animais e vegetais de imensurável valor econômico e se tornaria o palco perfeito para a transformação estratégica do desenvolvimento capitalista.
Após vários encontros e debates infrutíferos sobre a possibilidade de sucesso de novos modelos de desenvolvimento na busca desta sustentabilidade podemos perceber através do crescimento industrial e tecnológico o aumento das idéias capitalistas e a despreocupação e ou esquecimento deste ideal, diante disto eu creio realmente que seja uma utopia, visto que a sociedade em que vivemos é extremamente capitalista, espero porém, que a partir desta leitura possamos, ao menos, minimizar os efeitos desta degradação, tanto política, quanto socialmente.

Lucíola Chaves Faria, aluna do CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA A EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS / PROEJA do Campus Itaperuna / RJ.

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