sexta-feira, 16 de abril de 2010

ATIVIDADE 1.2

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA FLUMINENSE CAMPUS ITAPERUNA.
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU- EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA À EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Disciplina: Economia Solidária
Professora: Luciana
Aluna: Ilsete de Aguiar Rezende


AS CONDIÇÕES DA ECONOMIA DA VIRADA DO MILÊNIO E PERSPECTIVAS PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


por José Brendan Macdonald, sociólogo e professor lotado no Departamento de Economia da UFPB, Campus I, João Pessoa
palestra proferida para o Curso de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente no dia primeiro de junho de 2000.

O autor agradece aos professores Takako Watanabe e Edílson Leite Ribeiro, da Coordenação do CMDMA pelo convite a proferir esta palestra.

RESENHA

O presente tema aborda questões relativas as condições da economia da virada do milênio, perspectivas para um desenvolvimento sustentável e meio ambiente.
Destaca-se neste contexto em um primeiro momento, o crescimento econômico, ou seja, a expansão da criação de novas riquezas em forma de mercadorias, certamente pode ser acompanhado de um desenvolvimento ou aumento da “qualidade de vida ”. A preocupação com o que se produz vale apenas como reflexo da preocupação de quanto isso pode render. Muito mais importa o valor da troca que o valor do uso.
Uma outra questão a ser observada no texto é a Convenção do Clima realizada em Kyoto em 1997. Havia quem recomendasse a redução até o ano de 2005 de 15% das emissões de poluentes nos países industrializados em relação aos já perigosos níveis de 1990. O próprio presidente Clinton dos EUA queria voltar simplesmente 100%dos níveis de 1990 no ano 2008.
Isto provocou a crítica de grupos ambientalistas de seu próprio país e alhures. Foi clara a hostilidade das delegações de muitos países a qualquer tentativa sisuda de redução de poluentes.
Se o afã de lucro que o capitalismo provoca viola a natureza, importa frisar que ele viola o homem também não só pela sua profanação do meio ambiente. A missão civilizadora do capital é multiplicar a riqueza ao infinito. Tem-se a questão do desemprego, da miséria, da mendicância que se formaram a partir do próprio surgimento da civilização há tempos. Neste último meio milênio de mercado mundial todo esse fenômeno se deve a uma nova lógica e é muito mais freqüente.
O capitalismo hoje, além de não combater a pobreza, a provoca.
Um mecanismo usado em alguns países no século XIX e em uso por alguns, pode mudar essa situação. Trata-se de trocas de bens e serviços entre indivíduos e pequenas empresas de acordo com um sistema de crédito.
Estas e muitas outras experiências formam o chamado terceiro setor da economia ou a economia solidária. Podem ser o ponto de partida da empresa de amanhã, da economia de amanhã e até da sociedade de amanhã.
Outro sinal de esperança são as redes. Todos que anseiam por um mundo melhor onde sejam extintas as discriminações injustas e exclusões, seja através de seu trabalho em ONGs, igrejas, sindicatos ou outras formas de convívio social, podem ganham acesso a trocas de informações e planejamento participativo através da Internet.
José Brendan Macdonald menciona a fundamental necessidade da evolução de uma ideologia que já está subjacente e implícita mas que ainda precisa ser melhor posta, explicitada, teorizada. Sendo assim, nossa obrigação de afanar-nos como se a perfeição na Terra fosse possível. É o que o autor chama de paradoxo do intento do paraíso terrestre.

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