sexta-feira, 16 de abril de 2010

AS CONDIÇÕES DA ECONOMIA DA VIRADA DO MILÊNIO E PERSPECTIVAS PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FLUMINENSE
CAMPUS ITAPERUNA
Disciplina: Economia Solidária nos Limites da Formação Social Capitalista
Profª Luciana Machado
Aluno: Alfredo Ferreira Rodrigues

Resenha 1
Texto: AS CONDIÇÕES DA ECONOMIA DA VIRADA DO MILÊNIO E PERSPECTIVAS PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
Autor: José Brendan Macdonald

O autor apresenta a realidade econômica na virada do Milênio, onde há a predominância do Capitalismo, mostra as contradições desse sistema hegemônico e aponta no final uma outra saída.
O motor do Capitalismo é o lucro e o valor de troca das mercadorias é mais importante que seu valor de uso. Pode-se constatar esta afirmação no mercado, onde há inúmeras mercadorias sem uso prático ou desnecessárias, que são apresentadas como indispensáveis. .
Sendo a acumulação de capital o principal fim do Capitalismo, ele submete e viola a natureza e as pessoas, colocando em risco a vida no planeta. A violação da natureza se dá pelo descaso e pelo seu uso irracional. Em relação às pessoas, a violação se dá com a forte sugestão de acumular e consumir cada vez mais. Contrariar isso é cometer profanação.
O autor mostra ainda que o Capitalismo tem suas reestruturações e adaptações: o Welfare State foi a reestruturação para vencer a Grande Depressão e o Neoliberalismo foi a saída para a crise do Welfare State. O Neoliberalismo é ainda mais agressivo, pois traz na sua lógica o desemprego.
O autor aponta os pontos fracos do Capitalismo: além do desemprego já citado, ele cita o capital especulativo, que se tornou um câncer, que não pode ser controlado pelos Estados. Chama o colapso do Capitalismo de Anjo Nivelador e a partir da sua atuação uma nova sociedade será possível.
Uma terceira opção já está presente no mundo, embora em microescala como na Espanha, na Itália e na Austrália, conhecida como economia solidária, que são empresas autogestionárias, democráticas, onde os membros dessas empresas são empresários e trabalhadores ao mesmo tempo. Ele entende que a ideologia desse modo de produção deve ser mais explicitada e teorizada e prefere chamá-la de solidarismo.
Embora acreditando que a perfeição jamais existirá na Terra, ele entende que temos que acreditar e lutar com determinação para uma sociedade melhor.
Entendemos que o Capitalismo tem um poder enorme de reestruturação e readaptação como tem provado ao superar as crises enfrentadas, porém a sua atual fase é tão agressiva, que certamente o levará à sua autodestruição. A evidências atuais nos levam a discordar de Francis Fukuyma, que prega esse sistema como “o fim da história” e acreditarmos na terceira opção apresentada no texto, mais justa e humana: a economia solidária.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE - CAMPUS ITAPERUNA
Disciplina: Economia Solidária nos Limites da Formação Social Capitalista
Profª Luciana Machado da Costa
Aluno: Alfredo Ferreira Rodrigues

Resenha 2

Texto: A CONSTRUÇÃO DO “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL” SOB A ÉGIDE DO NEOLIBERALISMO: UM ESTUDO SOBRE A ECONOMIA POLÍTICA DA “CRISE AMBIENTAL”.

Autor: Leandro Dias de Oliveira

O Desenvolvimento Sustentável, segundo o autor, apresenta-se atualmente como algo urgente e em várias escalas, como a saída para a construção de uma sociedade mais justa e para resolver inúmeros males da humanidade, através de uma proposta para a resolução da crise ambiental, oriunda da expropriação inadequada da natureza pelo homem, que foi debatida em duas grandes conferências: Estocolmo (1972) e na Eco/92 no Rio de Janeiro.
A Eco/92 foi convocada pela ONU em 1989, porém já havia sido gestada pelo G-7, não por mudanças de prioridades, mas como uma maneira de evitar o esgotamento da natureza e prejudicar a continuidade do ritmo capitalista. O ocultamento dessa verdade e a apropriação do pensamento ecológico em voga, foram medidas necessárias para que as idéias hegemônicas fossem aceitas.
A escolha do Rio de Janeiro para sediar a Eco/92 foi apenas uma encenação, pois o objetivo era criar uma aparência de um debate amplo e democrático, mas na realidade foi escolhida pela classe hegemônica para aclamar o Desenvolvimento Sustentável como mecanismo de transformar os problemas ambientais em lucros crescentes e a assinatura da Agenda 21 foi o marco da efetivação dessa nova ordem.
O autor refere-se a uma “tensão teórica” e a uma “fortaleza conceitual” presente no Capitalismo contemporâneo. A “tensão teórica” diz respeito ao modelo de desenvolvimento em gestação, que requer uma reformulação profunda do significado de desenvolvimento, mas na prática são readequações superficiais e embates infrutíferos. A “fortaleza conceitual” é a resistência erguida pela classe hegemônica para não permitir profundos questionamentos, colocando assim a “crise ambiental” como grande maldição do século XXI e ocultar outras questões importantes.
Transmutar a “Ideologia do Desenvolvimento” para a “Ideologia do Desenvolvimento Sustentável” é uma nova maneira de dominar criada pela classe hegemônica.
Assim, a crise se torna necessária no processo de reestruturação produtiva do capital e nesse contexto, o Estado que se adapta às condições impostas pelas classes dominantes, apresenta-se alheio e debilitado nas questões mercadológicas, econômicas e políticas e enérgico para suprimir as mazelas ecológicas e na execução da Agenda 21.
Como em outras crises, entendemos que o Capitalismo demonstra atualmente o seu grande poder de reestruturação e adaptação e está buscando fazer do Desenvolvimento Sustentável a saída para a sua crise eminente. Porém a sua resistência em não permitir um questionamento profundo da realidade atual, constitui-se num dos entraves para que esse objetivo seja alcançado.



INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE - CAMPUS ITAPERUNA
Disciplina: Economia Solidária nos Limites da Formação Social Capitalista
Profª Luciana Machado da Costa
Aluno: Alfredo Ferreira Rodrigues


Resenha 3

Texto: A lógica econômica global e a revisão do Welfare State: a urgência de um novo pacto.
Autor: Gilberto Dupas.

O foco central da discussão do autor é o papel do Estado na atual lógica econômica global e aponta para a urgência de novo pacto social.
Se de um lado, a internacionalização da economia e a privatização do setor público têm trazido eficiência na produção econômica, de outro, têm aumentado o desemprego formal e a crescente flexibilização da mão-de-obra e o Estado acaba sendo pressionado a garantir proteção social às populações mais carentes. Assim o papel do Estado é dúbio, pois funciona como Estado Mínimo em relação à economia e como Estado Forte para minimizar as questões sociais. Assim a sua atuação é direcionada pelas classes hegemômicas.
O autor questiona o fim do Welfare State, pois os gastos dos países ricos têm crescido em relação ao PNB.
Citando Przeworski e Wallerstein, o autor afirma que “a crise do Keynesianismo é uma crise do Capitalismo democrático”, isto é, há uma “ofensiva da direita” a partir da década de l970, que procura redistribuir a renda a favor dos lucros.
Drucker, ardorosamente defende o Estado Mínimo e na década de 1980 atribui às transnacionais o papel não apenas de agentes econômicos, mas também de agentes sociais, porém quinze anos mais tarde muda de opinião e reconhece o Estado não mais como um elefante que não poder voar, mas um “sobrevivente de fibra”.
O autor cita ainda o capital especulativo e a informática, como elementos que dificultam o controle dos governos sobre a economia.
Apesar de todo discurso liberalizante, o Estado tem resistido e até tem sido chamado para garantir a sobrevivência dos cidadãos. Quanto ao desmantelamento do Welfare State, a ameaça parece ser mais na esfera das discussões políticas, do que propriamente sua efetivação no plano econômico.
Concluindo, o autor mostra que diante da atual configuração, é preciso garantir a presença ativa da sociedade civil nas agências reguladoras e recuperar a capacidade de indução de Estados Nacionais éticos, fortalecidos em sua legitimidade, que junto com a sociedade civil tenham condições de fiscalizar o cumprimento de acordos e compromissos assumidos no processo de regulação.
Entendemos que o Neoliberalismo é contraditório, pois defende o Estado Mínimo para não interferir no plano econômico, porém deseja um Estado Forte para garantir a sobrevivência dos cidadãos e assim permitir a continuidade da acumulação. Porém, para a sociedade civil é necessário um Estado Forte, para que os compromissos e acordos sejam cumpridos.

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