quinta-feira, 8 de abril de 2010

Atividade 1.3

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE

CAMPUS ITAPERUNA

ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA

À EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS

ALUNA: ILVA MIRANDA DE ALMEIDA

A Construção do “Desenvolvimento sustentável” sob a Égide do Neoliberalismo: um Estudo Sobre a Economia Política da “Crise Ambiental”

Segundo Leandro Dias de Oliveira, o Desenvolvimento Sustentável apresenta-se atualmente, em caráter urgente e multi-escalar, como o caminho seguro na construção de uma sociedade mais justa e equável e para a redenção dos inúmeros males da humanidade. Seu cerne é representar uma inquestionável proposta de resolução da “Crise Ambiental” um potente estigma deste novo século que parece ambicionar uma breve solução. Esta crise ambiental, foi debatida em grandes conclaves internacionais, destacadamente em Estocolmo (1972) e Rio de Janeiro (1992).

Nesta última conferência foi proclamada a concepção de Desenvolvimento sustentável que se mostra enigmática e frágil, mas agregando inúmeros entusiastas. A construção deste ideário que objetiva ser consensual, na busca da aproximação entre desenvolvimento e meio ambiente, só atingiu seu intento quando o debate de uma melhor utilização da natureza inseriu-se na ordem do neoliberalismo econômico.

Para Arlete Moyses Rodrigues, podemos enxergar a crise ambiental como uma possibilidade de criação de um novo olhar para o espaço, que de forma alguma afasta a condição de ”recurso” que o capitalismo enxerga natureza e ainda mantém o território como fonte de riqueza, a ser controlada por poucas mãos, agora em forma de patente, propriedade intelectual e controle do capital técnico–científico. Para ela um deslocamento ideológico da luta de classes para o conflito de gerações, usando a “natureza” como artifício.

Immanuel Wallerstein e Jean-MMartin, nos alertam sobre a dimensão da atual crise produtiva, que coloca em risco o próprio sistema capitalista e as bases edificadas no século XX, mas reconhecem sua necessidade para a adequação de novas exigências do modelo produtivo, pautado em uma nova relação de trabalho, fontes renováveis de energia e, principalmente, em um novo modelo de desenvolvimento, como manutenções e transformações em relação ao existente.

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Conclusão:

Segundo o autor, é inquestionável que o Desenvolvimento Sustentável é uma das faces da moeda deste grande processo de adaptação do Capitalismo às novas necessidades dos dias atuais. Da mesma maneira que toda esta discussão ambiental se apresenta sob a égide do Neoliberalismo Econômico, este último revela suas inconsistências na capacidade de resolução do que lhe é proposto. Isto parece indicar um ato farsesco, onde tanto o Desenvolvimento Sustentável quanto o Neoliberalismo Econômico são apenas máscaras de um grande processo em curso de reestruturação produtiva do capital.

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