sexta-feira, 16 de abril de 2010

ATIVIDADE 1.3

INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE- CAMPUS ITAPERUNA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA A EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Professora: Luciana Machado

Aluna: Solange da Costa Bussade do Carmo

BEINSTEIN, Jorge. Incerteza

Segundo o artigo de Jorge Beinstein, a palavra incerteza é a melhor definição para o sistema capitalista. Ao fazer referência a este panorama, Beinstein convida ao diálogo James Richards, o qual traça quatro cenários catastróficos para o futuro dos Estados Unidos. São eles: mega ataque terrorista, agressão financeira da China, queda livre do dólar, “queda existencial”- redução do PBI e taxa de desemprego. Rompe-se assim a linearidade burguesa da história, onde aparece a crise financeira associada a crise energética e esta a crise alimentar.Há assim, impasse tecnológico geral a partir do colapso financeiro nos Estados Unidos, o centro do mundo.

O autor faz menção dos ciclos decenais, descobertos por Juglar onde haviam oscilações do capitalismo industrial sofrendo mudanças estruturais, daí seu desaparecimento.Entra neste cenário os ciclos longos de Kondratieff com períodos de 50, 60 anos. Registrou-se quatro longos ciclos.O primeiro iniciou-se no fim do século XVIII e terminou em meados do século XIX; o segundo terminou em 1890 e o terceiro durante os anos de 1940; o quarto até fins dos anos 1960.A periodização segundo Mandel que estabeleceu cortes históricos para estes ciclos, descreve que há uma tendência decrescente na taxa de crescimento da economia mundial. Ele contrapõe a Kondratieff quando afirma que o quarto ciclo deveria durar 40 anos até 2008. Grandes inovações são vistas em cada fase.Da Revolução Industrial com a máquina a vapor e a expansão da indústria têxtil,com o aço no século XIX e a inserção das ferrovias e final do século XIX com a eletricidade( motores, eletrônica, química).

Assim, deveria ter ocorrido nos anos de 1990, atravessada por grandes inovações em informática, biotecnologia e novos materiais. A hipótese que se tem é que os longos ciclos de Kondratieff perderam validade científica.

Diante das evidências, os especialistas propõem regressar os ciclos mais curtos ( Juglar), outros misturam Juglar com Kondratieff- psicologia social e outro como Ian Gordon propõe o quinto e maravilhoso Kondratieff capitalista para o final da segunda década do século XXI.

O autor pontua que o vigoroso capitalismo está muito velho e daí ele descreve que esta senilidade iniciou nos anos de 1970 com conseqüências no início do século XXI, onde a situação se tornou extremamente grava- parasitismo financeiro. Faz menção ainda de indicadores desta senilidade. O primeiro indicador é a decadência dos Estados Unidos. globalização se desdobrou no “aburguesamento” quase completo do planeta; a financeirização integral do capitalismo e a unipolaridade- poder supremo do Império global e desaceleração da economia mundial. O capitalismo industrial teve progresso desde o final do século XVIII porque se tornou independente dos recursos energéticos renováveis que reproduzia uma postura depredadora nos recursos não renováveis como o carvão e depois o petróleo. O terceiro indicador de senilidade é o bloqueio tecnológico, onde a crise energética associada à crise alimentar se agrega a crise ambiental. Segundo Bertrand Gille este sistema tecnológico é incapaz de aumentar a produção no ritmo que satisfaça as necessidades humanas. Estas sociais historicamente senilidade. A intervenção estatal controla as crises capitalistas desde o início do século XX. Às vezes associada ao militarismo, às vezes sob disfarce democrático. O quinto indicador é a crise urbana. Emprego precário,exclui e empobrece. As cidades se decompõem na periferia. O capitalismo industrial apresentou assim, crises cíclicas de crescimento. Seqüelas negativas eram verificadas em sua expansão, como a depredação ambiental. No colapso financeiro de 2008- século XXI- fica evidente que o capitalismo global deixa de ser senil para se tornar depredador das forças produtivas e do meio ambiente. Neste contexto de crises: sistêmica e civilizacional, quatro esperas são pontuadas. A primeira diz respeito a um quinto ciclo de Kondratieff, uma nova prosperidade produtiva do capitalismo, que não chegará, pois Beinstein afirma que a estrutura de apoio desapareceu A segunda é um novo Keynesianismo- intervenção estatal, que diante de sua crise sistêmica é impotente.O Renascimento do Império aparece como a terceira espera e a quarta e última espera é um novo Império capitalista, como um novo centro do mundo burguês.

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